Respira sempre o mesmo ar Contra semente à ingratidão Sofremos longe desta causa Pra bem crescer longe daqui Talvez bem longe eu chegasse aí E pudesse matar a distância Mesmo perto ainda há distância E quanto mais eu corro, eu canso Distantes desatinos e aí começa a confusão Mesmo livre da culpa A palavra é prisão E eu me entrego ao acaso Pela primeira vez Eu enxergo as horas Eu revejo as razões Me entregando ao silêncio Pela última vez Talvez se eu olhasse menos pra trás Se eu tivesse certeza demais Eu pagaria por todo tempo que eu perdi Senhora piedade, você sabe ouvir a dor? Não me deixe aqui sozinha Enquanto é tarde, eu não quero voltar Pras mesmas regras sujas de um jogo em perdição e sorte Onde o certo é quem diz primeiro E encobre o crime antes da culpa chegar E quanto mais eu corro, eu canso Distantes desatinos E recomeça a confusão É raso conviver Entre corpos e mentes vazias Dentro de você, tantos sonhos dados à quem te rendeu Não espere nada de mim, não espere nada de mim Mesmo livre da culpa A palavra é prisão E eu me entrego ao acaso Pela primeira vez Eu enxergo as horas Eu revejo as razões Me entregando ao silêncio Pela última vez