Deixaram em mim O medo de dar amor Medo do meu coração se encher de calor Receio de me envolver muito com alguém Ficar vulnerável, me tornar refém Da última vez pareceu que eu ia morrer Tô tranquila e calma, não quero sofrer Minha alma guarda a minha dor Tento mil vezes Me auto saboto o dobro Meu Deus, por favor Me dá um minuto de paz Só um pouco de calma, senhor Uma oportunidade de sentir amor Duas da manhã Sozinha no quarto Castelando e olhando a cidade Bolando uns becks E outros planos Que matam os desejos e as necessidades Eu preciso me curar Me reinventar Ser um pouco egoísta Me por em primeiro lugar Eu tô sem tempo pra gastar Muito dinheiro pra gerar Preto, cê vem comigo? É que talvez eu não volte Só me deseje sorte As ruas estão tão escuras Tudo aqui cheira a morte Como de praxe Insônia da noite Tão tranquilo perto de me acostumar Fogo na seda, não que eu seda Pras minhas bads que voltam a perturbar Mas é que o vazio é o que preenche meu peito O seu jeito enfeitava minha vida Vivemos tanta coisa lá em baixo Mas eu pensei que cê estaria nas subidas Mas cê não tá, mina Levou embora tudo que cê combinou Madrugadas sozinho acordado Destruindo planos que nós mesmo que planejou Fogo nos versos, mo Ainda posso te chamar assim? E é difícil começar algo novo Quando cê conhece a dor do fim? Senti a dor do fim Da solidão Cercado de gentes tão cheias E eu vazio disperso em meio a multidão Nosso amor ilusão? Yah Me responda Porque me fez investir tanto de mim em um amor que no final foi em vão? Minha alma guarda a minha dor Tento mil vezes Me auto saboto o dobro Meu Deus, por favor Me dá um minuto de paz Só um pouco de calma, senhor Uma oportunidade de sentir amor