Quando encilho um bagual de queixo duro Alço a perna e a alma xucra incorpora Ringir de basto sentado sobre o arreio Ergo no freio e tiro as coscas nas esporas Trovão de patas ecoando nas canhadas Enforquilhado num cebruno redomão Vida de peão é a liberdade apresilhada Nas campereadas, nos tentos da tradição Levanto cedo à madrugada me chama Bato os tição e aqueço a água na cambona Cevo na cuia um topetudo de erva buena Cheira açucena que me lembra as querendonas Relincha o pingo parece estar me dizendo Vamos pra lida esta na hora meu patrão Vida de peão é a liberdade apresilhada Nas campereadas, nos tentos da tradição A tarde desce e eu retorno pro meu rancho Missão cumprida mais um dia que termina Esta é a sina de um taura que traz na essência Nossa querência e nas mãos marcas de crina Passou o tempo e tordilharam as melenas As nazarenas penduradas no galpão /:vida de peão é a liberdade apresilhada Nas campereadas, nos tentos da tradição.