No caminho do amanhã Obatalá É a luz que vem do céu Clareia Vem de Benguela o clamor de liberdade Barroca pede tolerância e igualdade Axé, Tereza Divina alteza meu tambor foi te chamar Sua luz nessa avenida Incorpora a chama yabá Da magia irmanada por odé Não sucumbe a fé, traz a luta de Angola E a corrente arrastou pro sofrimento Um sentimento, valentia quilombola Reluz o ouro que brota em seu chão Desperta ambição, mas há de raiar o dia Do Guaporé ser voz de preservação Em plena floresta Auê auê Resistência na aldeia Quariterê Na mata, sou mestiço, guardião O meu grito de guerra é por libertação O nosso canto não é apenas um lamento A coragem vem da alma de quem ergueu o parlamento Do castigo na senzala à miséria da favela O povo não se cala, oh Tereza de Benguela Vem plantar a paz por essa terra A emoção que se liberta E a pele negra faz a gente refletir Nossa força, nossa luta De tantas Terezas por aí