nagai ame ni tōzakaru koe ashi o tomete machi o nagameru kemuru sora ga doko ka kirei de natsukashī basho ni kawatte itsumo soba ni ite kureta yo ne niwaka ame ni tachitsukusu hi mo fui ni ukabu sugita keshiki to kokage no shita amayadori chīsakute osanai sore wa marude nakimushina dareka mitaide shigatsu no ame nureta hane hibari wa mada tobezu ni iru asai haru no tsumetasa ni mi o subomete toki o machi tsudzukeru hizashi no tane awai yume habataku made uta o soete tōi sora no kirema e to gogatsu no hananomei o ima wa shirazu ni nagai kage to yobikakeru koe tokiwotomete hoshi o mita yoru nemuru mae ni kawashita kotoba nakukushitakunai mono bakari chīsakute osanai sore wa itsumo naiteita soba ni itakute nakukusenai mono fueru tabi atatakasa ni shizunde yuku tōriame no tsumetasa ni mi o subomete aruki dasezu ni iru yuzurenai mono hitotsu dake kaban no naka shimai konde ima demo mada oboeteru migite no nukumori to uta o tayori ni tōku hibiku raimei ni wa haru no arashi no temaneki no ne itsuka koko de onaji keshiki o miteta shigatsu no ame kaze ni yure hibari wa ima sora o miage asai haru no tsumetasa ni mi o yudanete hane o hirogete yuku yuzurenai mono hitotsu dake kaban no naka shimai konde tōi sora no kirema e to hanasaku gogatsu e to kasa mo sasazu ni Ao ouvir uma voz fraca no meio da chuva Parei de andar para contemplar a cidade O céu nublado está se transformando Em um lugar bonito e nostálgico Você sempre ficou ao meu lado Você até ficou nos dias em que a chuva caia incessantemente Mesmo enquanto o cenário passava inesperadamente Sob o abrigo das árvores O algo pequeno e jovem é como Um certo alguém que chora facilmente A cotovia ainda não pode voar Suas asas foram encharcadas pelas chuvas de abril No frio do início da primavera Ela se agasalha, aguardando a passagem do tempo Assim como esse sonho com cores suaves é adornado por sementes da luz do sol Vou recitar poemas para a cotovia até que suas asas possam bater novamente E que possa voar para os céus distantes Sem ainda saber o nome da flor de maio Uma longa sombra e uma voz me chamando A noite em que parei o tempo e vi as estrelas Palavras trocadas antes de ir dormir Estas são todas as coisas que eu não quero perder O algo pequeno e jovem Está sempre chorando, querendo ficar ao meu lado Quando as coisas que você não pode perder só aumentam Submergindo tudo no calor Na frieza da chuva que passa, agasalha seu corpo e fica imóvel A única coisa que não posso perder Está enterrada dentro da minha bolsa Mesmo agora, enquanto eu dependo de uma música, ainda me lembro do calor da sua mão direita O eco distante do trovão estrondoso É o som da tempestade da primavera Vou ver o mesmo cenário aqui algum dia A chuva de abril é balançada pelo vento A cotovia agora está olhando para o céu No frio do início da primavera Abrindo suas asas em abandono A única coisa que não posso perder Está enterrada dentro da minha bolsa Eu irei para os céus distantes, e vou para o mês de maio, onde as flores desabrocham Sem abrir meu guarda-chuva