Aimer

Akane Sasu

Aimer


kareha mau machikado o kakenuketeku kawaita kaze
nobita kage to ichou namiki kisetsu o mitetakatta

henji no nai yobu koe wa attoiuma kakikesareteshimau
menukidoori hitonami nukete dokoka tooku daremo inai basho e

kidzuiteita noni nanimo shiranai furi
hitorikiri dewa nanimo dekinakatta

deaeta maboroshi ni sayonara o akane sasu kono sora ni
koboreta yowasa ni tenohira o ichirin no adabana sonna fuu ni
negai kanae itami o shiru

wataridori no naku koe mo akaku somaru kumo ni kieteshimau
kaerimichi mo tooku hanarete ima wa hitori daremo inai basho de

kidzuita keshiki no iro ni fureta to shitemo
hitorikiri dewa koe mo dasenakatta

aishita maboroshi ni kuchidzuke o tasogareta kono sora ni
mada yuube no hoshi tomoranai machiyoi no oboroge tsuki wa doko ni
hikisakarete itami o shiru

kurikaesu hibi no naka de sagashiteta no wa
arukitsudzukeru tame no negai

deaeta maboroshi ni sayonara o akogare wa kono sora ni
nagareta tsukihi o tenohira ni hitohira no hanabira sonna fuu ni
itami kasane deai o shiru

deai kasane negai o shiru

Uma brisa seca sopra pela esquina da rua onde posso ver as folhas secas dançando
Sombras estendidas, ruas cheias de ginkgo. Tenho saudades de ver esta estação

Uma voz que grita, sem nunca receber uma resposta, se afoga num instante
Ando até uma rua principal, além das fileiras de pessoas — dirigindo-me a algum lugar bem distante, onde ninguém mais reside

Eu já havia percebido, mas fingi que não tinha notado
Completamente sozinha, não havia nada que eu pudesse fazer

Me despedi dos fantasmas que conheci, em direção àquele céu vermelho radiante
Enquanto minha fraqueza se derrama, eu estendo a palma de minha mão como se estivesse segurando uma única flor sem desabrochar
Ao cumprir meu desejo, desvendo a dor

Até os gritos de pássaros migratórios desaparecem nas nuvens manchadas de vermelho
Me distancio mais do caminho para casa; agora mesmo, estou totalmente sozinha, num lugar onde ninguém mais reside

Mesmo que eu pudesse tocar essa paisagem que eu percebi
Totalmente sozinha, eu não pude nem usar minha voz

Dou um beijo aos fantasmas que amei, e no céu crepuscular
As estrelas da tarde ainda não se iluminam; até minha impaciência parece fraca — onde está a Lua?
Despedaçada, desvendo a dor

Em meio a dias repetitivos, eu procurava esse tempo todo
Por um desejo que pudesse me fazer continuar caminhando adiante

Me despedi dos fantasmas que conheci; meus desejos estão no céu
Dias banhados pelo fluxo do tempo estão na palma da minha mão como uma única pétala
Enquanto a dor persiste, eu encaro novos encontros

Enquanto novos encontros persistem, desvendo meu desejo