Detesto relembrar o que tive na infância Onde vi a ignorância de muitos fodendo minha esperança Dum futuro desejado, que nunca mais chegava Madruguei bastante, Deus não ajudava Por isso, desconheço o que me deu em mente Pegar a caneta e fazer rap Mas tudo começou em 2013 Era difícil construir poesias conscientes Que comovia, meus amigos e parentes Quem estava lá quando tudo alí começou Ofenderam-me, abusaram-me de tudo Olhei bem em mim, e vi quem eu sou Perguntem ao mundo se um dia já me ajudou Pai me abandonou, mãe continuou Sempre a batalhar comigo e com resto Olho por olho, o mundo continua cego Amor é só de mãe porque outro não conheço Nada do que é Deus é obtido com dinheiro Mas, também não foi do nada ter este talento Passei em vários mundos imaginários Procurando mais outros conhecimentos Que me ajudariam em qualquer momento Que eu tiver a sorrir, ou dar o meu lamento Estar sem mais direção como vento Mais desacerto, mais velório, mais sofrimento Uma folha de papel e a caneta Boy não chega Pra escrever aquilo que foi mo passado Não há versos nem poesias que retratam o meu futuro Ramificação do boi em cada passo Uma folha de papel e a caneta Boy não chega Pra escrever aquilo que foi mo passado Não há versos nem poesias que retratam o meu futuro Ramificação do boi em cada passo Estudei a estrutura do vosso universo Com uma simples caneta que une versos Que saiem da minha mente logo os escrevo Sei que nada sei pra quem eu escrevo Mas, agora já entendo tudo Que só não basta ter talento à isso A rua me disse que rap é compromisso Mostrar a realidade que cá eu vivo Sou rodeado pelos coveiros Que desejam tanto ver o meu inteiro Eles sabem que conheci o paraíso E conheço o inferno Ao mesmo tempo solidão é o fardo que eu carrego Pois é nesse beat que eu descarrego Libertando os meus conhecimentos Expulsando o demónio do meu intelecto Lutei em ser alguém no mundo Mas o meu medo De ter medo, de ter medo Obrigou-me trocar de destino É divertido aprontar fazer o que é proibido Pedras no telhados brincadeiras de bandido Espingarda de madeira, mocinhos e agos nocivo Desde cedo atrás dos meus inimigos Uma folha de papel e a caneta Boy não chega Pra escrever aquilo que foi mo passado Não há versos nem poesias que retratam o meu futuro Ramificação do boi em cada passo Uma folha de papel e a caneta Boy não chega Pra escrever aquilo que foi mo passado Não há versos nem poesias que retratam o meu futuro Ramificação do boi em cada passo