Todo povo que é de pemba Vem de angola Todo povo que é de semba É quilombola Pra enxugar os meus prantos E as dores do cativeiro Eu trouxe rezas e cantos Dos santos bentos e bantos Lá do meu terreiro Dentro do meu alforje Quem me alforria e ilumina É uma oração de são Jorge Guerreiro lá da costa da mina Meu pai Me dá vossa luz e coragem Me faz à vossa imagem Na luta contra os perigos Me protegei Das injustiças da lei E das sanhas do rei E dos meus inimigos Que eu fique intocável Que eu fique invisível Insensível Ao golpe fatal Convosco estou salvo E sem vós eu sou alvo Das flechas do mal Todo povo que é de pemba Vem de angola Todo povo que é de semba É quilombola