A molecada cresce O malandro passa, não percebe O biscoito azeitado A onda encurva, desce a ladeira e a vida padece No biscoito azeitado A senhora olha de uma certa janela O azul é deserto na cidade aberta Um árabe reza lá fora sol quente A vida é ardente no biscoito azeitado A menina encorpa, pois a mãe tem pressa Batucada tem hora no biscoito azeitado O cavalo puxa, condução demora As formigas devoram o biscoito azeitado A conversa cala na tarde parada O verão abafa a cidade alerta A chuva recolhe todo o chôro do dia A pimenta não arde no biscoito azeitado