Flores na janela do meu quarto E um perfume que exala na parede o seu retrato O telefone toca insistente a quem Devo responder quero saber seu nome Burburinhos nas esquinas bam bam bam na Madrugada falha no sistema não dar em nada Pessoas são pequenos pontos meios De artifícios refém de tiro bomba e porrada Quem sou eu pra julgar tudo está Certo não há nada errado Sobre o arco-íris posso ver o alvorecer Florescer no escuro do meu quarto Quem sou eu pra julgar são Só flores na madrugada Sobre o arco-íris posso ver o alvorecer Florescer no escuro do meu quarto Nos meus devaneios vinte e poucos Anos na solidão das ruas em bem me lembro Num disco voador você por mim passou Viajei nas ondas do tempo Carros vem e vão e aqui na estação Descalço pé no chão eu grito seu nome Alta madrugada silêncio é utopia São só quatro paredes tão fria