Palanque corunilha Na frente da estância cravado É um marco enraizado Da gaúcha resistência Nesta xucra convivência Pela pampa redomona Que viu basto e a carona Num potro fazer querência Palanque que um índio taura Aprendeu a ter respeito No altar de um parapeito Ou na frente de um galpão É o retrato do rincão Desta fronteira sulina Adonde se trança crina De algum mouro gavião Palanque costeio de corda De um potro recém pegado Que ao maneador bem sovado Aprende a volta que soma E em cada golpe que toma Mata um pouco a ânsia bruta De se atirar nesta luta Contra o sabor de quem doma Palanque a frente do rancho Donde meu pingo encilhado Relincha de cacho atado No clarão da noite serena E um cantar de chilenas Na cancela peço cancha E a saudade se desmancha No sorriso da morena