Já plantei muito arroz no banhado Já lidei com gado fui até peão Eu já fui um cabra destemido E muito querido pelo meu patrão Fui carreiro nos tempos passados Meus bois amestrados cortavam o sertão Pra tirar muitas toras do mato Eu era de fato um carreiro bom Trabalhei como retireiro Também fui vaqueiro destouquei quiçaça No café trabalhei de meeiro Também fui pedreiro mexendo com massa Eu já fui capataz de fazenda Rodei a moenda pra fazer cachaça Pra ser franco eu vou lhe dizer Não tenha o que mande fazer que eu não faça Na enxada já fui sacudido Eu sou destemido num golpe de vista E as vezes pra quebrar o galho Eu também trabalho como eletricista Sem emprego eu garanto eu não fico Pra fazer um bico eu sou motorista No amor eu sou passa tempo E no braço da viola eu sou um artista