O tempo leva tudo O tempo leva a vida Lá fora as margaridas fazem cor Eu lembro a alegria Boiar naquelas águas E ver as lavadeiras lavando a dor E lavavam a minha esperança perdida De crescer lá no Igarapé E lavavam o medo que tinha da vida E agora o meu medo o que é? A minha nave, um tronco navegava As estrelas, por entre as palafitas E as lavadeiras Nas minhas aventuras, poraquê Pirara, piranha, peixe-boi, boto igara E lavavam a minha paixão corrompida As mulheres do Igarapé As Joanas, Marias, Deusas, Margaridas Lavarão o que ainda vier