O Zé vive de bobeira no bar da esquina Jogando baralho, mexendo com "as mina" Deve a todo mundo e não pega ninguém Diz que é malandro no papo E não se embaraça Que sai, se diverte inda bebe de graça E pendura a conta em nome de alguém Diz pra todo mundo que é sacoleiro E apadrinhado Que vende muamba pra todo lado E que se garante se o bicho pegar E que não esquenta com a tal malandragem E nem com a polícia Adora um ibope Quer ser a notícia Mas, sempre se esconde se o bonde passar, devagar Refrão: Ô Zé, pára de caô Ô Zé, paga o que tomou Ô Zé, tua batata tá assando Ô Zé, vê se dá um tempo Ô Zé, assim eu não te agüento Ô Zé, vão acabar te esquentando O Zé, marrento e mané Que não liga pra nada Se tiver muvuca ele tá na parada Tá sempre caído pedindo um qualquer Acorda lá pro meio dia E depois não faz nada A noite vadia até de madrugada Tentando encontrar um otário qualquer Diz que é pagodeiro E compositor de sucesso gravado Que até samba enredo Ganhou um bocado Mas que hoje em dia faz coisa melhor Que já foi bacana Com casa na praia e carro importado Mulher e bebida pra todo lado Mas, infelizmente hoje tá na pior, tenha dó / (Refrão) Ô Zé, pára de caô...