Dois Irmãos, quando vai alta a madrugada E a teus pés vão-se encostar os instrumentos Aprendi a respeitar tua prumada E desconfiar do teu silêncio Penso ouvir a pulsação atravessada Do que foi e o que será noutra existência E assim como se a rocha dilatada Fosse uma concentração de tempos E assim como se o ritmo do nada Fosse, sim, todos os ritmos por dentro Ou, então, como uma música parada Sobre uma montanha em movimento