Eu adoro uma morena sacudida De olhos negros e faces cor de jambo Lábios rubros, cabelos de azeviche Que me mata, me enfeitiça Põe-me bambo A cintura, meu Deus, é delicada O seu porte é faceiro e bem decente As mãozinhas são enfeites, são berloques Que fazem enlouquecer a toda a gente A morena a quem amo, a quem adoro Não me sai um só momento da idéia É faceira, dengosa e muito chique Tem um pé, que beleza, que tetéia Há segredos que me diz naquele corpo Tremeliques, desmaios, sensações Que nos põe a cabeça andar a roda Sonhando com delícias, com paixões Seus dentes são marfim de alto preço Sua boca, um cofre perfumado O resto do corpinho uma delícia O melhor é não dizer, ficar calado