Adja Medeiros

Quem É a Julieta?

Adja Medeiros


Tentando esconder
Quando ela sai do controle
Fica simples machucar e depois passar pela porta
Como se nada tivesse acontecido.
Eis a julieta, a doce julieta.
Ela é tão fria
Ela é feita de gelo
É e ela corta tão fundo
Ela mente
É... ela fica dormente
Pra suportar a dor de machucar quem na verdade ama.

Eu cheguei até aqui pra dizer que tanto faz julieta
No fim o romeu morre
Todas as palavras bonitas ficam com ele
E você toma o veneno do fim.

Perdoe a falta de prudência
Todo mundo sempre julga em algum momento
Alguns negam e disfarçam
A julieta é diferente
Uma parte dela é de papel que foi amassado
A outra parte é de vidro e se espatifou no chão
Ela mente
É ... pra dizer que sente muito
Mas ela nunca se arrepende.
Isso nem é defeito,
Faz parte da julieta assim como o romeu.

Eu cheguei até aqui pra dizer que tanto faz julieta
No fim o romeu morre
Todas as palavras bonitas ficam com ele
E você toma o veneno do fim.

A julieta tem algo diferente, inexplicável
Mas, todos, somos perfeitos.
De uma forma só nossa
Não é julieta?
Se ela quer,
Ela muda a sua forma de vê-la.
Mesmo que a vida diga a direção,
Ela escolhe o caminho que quer.

Eu cheguei até aqui pra dizer que tanto faz julieta
No fim o romeu morre
Todas as palavras bonitas ficam com ele
E você toma o veneno do fim.

É julieta, depois desse ponto é o fim,
E você tem seu novo folhetim
Que nunca deixará de ser sua própria tragédia.