final de tarde quando chego do batente depois de um dia quente camisa cheia de sal encho a purunga na cisterna com água fria pra voltar no outro dia pro meu trabalho braçal o sol pomposo se esconde no ocidente mudando de continente para lua da o lugar vou pro riacho tomar banho na cascata ouvindo a beira da mata a nhambuzada piar sou liberdade aqui nada me atormenta como gordura e pimenta e muita carne de sol meu corpo é forte a natureza me adora no suor que jogo fora vai junto o colesterol tenho a cabocla e dois filhos que adoro este recanto que moro não é cercado de grades felicidade é o lema da vida nossa pena que as coisas da roça não tem uso na cidade no dia seguinte acordo sempre disposto na mina lavo meu rosto enquanto a brisa me beija no pé da serra siriema solta o canto perpetuando o encanto da alvorada sertaneja pelos caminhos a jurity serpenteia deixando o rasto na areia faz dalí sua passarela a paz que tenho não consegue com dinheiro o conforto verdadeiro só tem quem vive com ela sou liberdade..