Dezembro dia 29, noventa e nove chegava O povo todo chorava e o país perdia o clima João pacífico guerreiro autor de obras gigantes Por ordem do comandante subia pro andar de cima O poeta mais antigo alem de ser grande amigo Era o rei da nossa rima Entre todos menestreis filhos do nosso país Joãozinho era raiz que segurava a cultura Com o gesto de bravura de mãos dadas com a poesia Exalava simpatia exemplo de criatura O mel da sabedoria em infinita quantia Adoçou suas partituras Não teve um cristão sequer dentro do século vinte Que não fosse alem de ouvinte cantor da sua canção Ativa composição orgulhava o sertanejo No atacado e no varejo escrevia com o coração Compositor de talento aguarda a todo momento Homenagem da nação Simples igual copo d'água munido de inteligência Procedia com paciência tinha perfeita cachola Autodidata do verso modelo de baluarte Na maestria da arte a vida foi sua escola Sua música quando toca no brasil todo provoca As lágrimas na viola Pingo d 'água é uma dádiva, que mostra bem seu retrato Depois vem chico mulato que marcou sua trajetória Para alegria dos mineiros cantou pra minas gerais Tudo isso e muito mais enfeitam nossa memória Dôce cabocla tereza, viajou com sua beleza Pelos píncaros da gloria Por mais um século inteiro poderíamos escrever Sobre o mestre do saber e tambem dos versos seus Porem aqui humildemente lhe prestamos homenagem Ao professor de coragem através dos versos meus Que a providência divina la no céu abra a cortina Pra joão cantar para deus.