Sou do samba Sou do morro, salve rainha O rei do congo veste o manto verde e rosa Respeitando a tradição Na casa verde hoje tem coroação! Pai nosso que estais no céu Com suas bênçãos Meu legado irei cantar Ostentava sangue nobre Fui monarca do cobre E da cultura esculpida em marfim Um mar de beleza sem fim! Dos meus ancestrais, luz e proteção É chegada a nova ordem A minha conversão O dom de ser cristão Ouro e prata, ilusão Em minhas terras vi germinar Os frutos da ganância Senti no meu irmão despertar Porém, inebriado pela fé Entreguei meu povo à escravidão Sem perceber, sofri até meu corpo perecer! Mas, dos bantos veio perdão Junto a minha redenção Graças a Deus e a senhora liberdade! Orgulhosa a irmandade Que festeja nossa raça e devoção! No maracatu arrastando a multidão Na congada celebrando a união E assim o morro conta a minha história