Vem Com o peso da paixão sobre o meu peito Quanto mais tonelada, mais sou pluma O peito do poeta tem um jeito De arrancar da dor o seu poema Eu atiro em tua boca o meu sorriso E colho dos teus dentes minha alegria Eu acho até que o cais do teu abraço É ancoradouro da minha utopia Porque eu sou Do mar tempestuoso da agonia Barco a deriva Ao sabor dos ventos fortes da paixão A saudade mais parece tiro certo A menos de um segundo de tua ausência E é como achar água no deserto Buscar sossego sem tua presença Eu empresto minhas cores pros teus olhos E deixo sem palavras meu poema E a sinfonia que há em teu ouvido Repousa, passarinho em minha garganta Pois eu sou Do som que propaga, grito de silêncio Se em meu peito Não soprarem os ventos fortes da paixão