Sorvo em taças de vinho Lonjuras e trajetórias Pra desvendar os caminhos Obscuros da memória Garimpando alguma rima Que complemente o meu verso Onde a loucura termina Começa o meu universo Sou poeta cantador Eu canto igual a cigarra Até estancar a dor Nas cordas de uma guitarra Esta sede de horizontes É febre que não acalma São gritos de reponte Pro infinito da alma São vagalumes candeias Se confundindo na mente Tropilha xucra de anseios À procura da vertente Quando uma saudade nua Se veste de esperança Faço poemas pra Lua Remoendo na lembrança O meu peito foi morada E hoje anda tapera Perdido no pó da estrada Vive ainda a tua espera