Uma vaneira tem que ser bem galponeira Falar de campo e resgatar a tradição Buscando rumo das legendas missioneiras Desta querência que trago no coração Esse atavismo que carrego na consciência Estirpe guapa que a evolução não termina Pedindo cancha nesse tranco galponeiro Numa vaneira com maçaroca na crina Na vaneira missioneira Se afirma a raça campeira Nos surungos do pontão Do velho chão colorado Trago a fibra do passado Nesta alma de galpão Eu trago a pátria na alma de peão de campo Jeito de taura deste rio grande na essência Cheiro de terra no meu canto missioneiro Nesta vaneira canta a alma da querência Minha vaneira preserva o sistema antigo Fundão de campo, gaita, violão e pandeiro Num sapateio num salão de chão batido Vai sarandeando meu coração missioneiro