Remansos se formam nas curvas do rio E as águas se aquietam nos seus faxinais Parando canoas de quem não partiu Juntando descasos dos mais animais No fundo os remansos serenam as águas Recolhem as penas das almas sofridas Que vieram apenas formar corredeiras Perdendo caminhos nos tombos da vida Se a mãe natureza não perde a paciência E o progresso da ciência não for um mundéu Até as estrelas darão aos remansos O azul mais profundo que existe no céu Quem sabe o remanso é ponto de encontro É tanque do pranto de alguém que chorou Juntando saudades de amores distantes Que vieram nas águas e o tempo afundou É hora de todos reverem conceitos E ver que a bondade é remanso do bem Sem águas mais claras é o rio que falece Levando a esperança de vida também