Tarde longa na estância Aperta o compasso da lida Mas é no lombo de um crioulo Que um campeiro carrega a vida Êra, êra, êra, êra, êra, êra, êra, ah! Rondando uma tropa ligeira Nos rumos de um corredor As patas deu um desgarrado Desafia o laçador Com destreza segue o rastro Polvoadeira e pataleio D’outro lado em parceria A firmeza de um costeio Um quatro tentos fachudo Pra aguentar a pegada Sopra forte o minuano Nestes fundos de invernada O laçador é um taura Sabe das voltas campeiras Leva o pingo sob as rédeas E as esporas cortadeiras Êra, êra, êra, êra, êra, êra, êra ah! O novilho é um brasino Sangue da pampa selvagem Um duelo desses dois Constrói a própria imagem Já vai no alcance de tiro Certeza que guia a armada E muita força no braço Num upa a rês é laçada É bem assim que se faz No meu rio grande altaneiro A revolta de um desgarrado Encontra o laço certeiro Êra, êra, êra, êra, êra, êra, êra ah!