Por que é assim, há rosas lindas e verdes colibris Há botões mutilados que jamais vão se abrir Caem das mãos anegando as fundas águas dos mares Lançados nas areias, frias lentes e olhares Por que é assim, há rosas lindas e verdes colibris No mesmo mundo flores infindas sem se florir As lágrimas tingem almas e corações Estrelas faíscam as finas lanças das nações Na ira deixada pelos gritos da emoção Quantas vidas ceifadas pela triste evasão O êxodo de um povo é o sinal de um adeus Nova pátria é o sonho dos filhos de Deus Há tanto trigo a colher e rezam pelo pão Há pouca água pingando na língua de um irmão Há vendas apertando o olhar da maldição Há no final do prefácio a palavra traição