Chinita lavando roupa No empedrado da respinga A água passa resinga Querendo tanto ficar Chinita entoa cantiga E dê-lhe, que dê-lhe lavar O pampa se espreguiça Recostado nu mormaço E um ventito muito escasso Mal retoça o santa fé Besourinho jaguaré Vem chupetear a água pura No cálice de brandura Da branca flor do aguapé Vão madrugando lembranças Que agitam seu coração Chinita suspira paixão Entre o canto e o lavar O que fazer pra João notar? Seus anseios, seu amor Lembrando o peão domador Chinita fica a sonhar Salinha de rancho pampa Adorno e vasinho branco Junto com malva do campo A flor do manjericão Quintal, forninho de barro Cheirinho novo de pão Hai ranchito um lar campeiro Pra ela e o moço peão