Esta campesina melodia, asas de águia moura ou de condor Levará o canto de minha gente, quem depois de mim quando me for E pelos confins da sesmaria, brotará no grito dos tarrãs Mais que um canto chão será um alerta, para os cantadores do amanhã. Ninguém há de domar o meu canto xucro, Nem vão calar a minha voz porque não deixo, Fujo dos cabrestos e maneias, Jamais me apertaram bocal no queixos. Alma das guitarras noite adentro, esse milonguear do bordoneio Segue pelos rumos do infinito, a gritar ao mundo os meus anseios E por ser parceiro do meu verso, juntos cantaram numa só voz Toda a imensidão do universo, força da raiz que vem de nós.