Essa gana de cruzar estradas Procurar por nada Sem saber por que É uma balda que peguei no rito Porque o infinito Quem parar não vê Essa ânsia de beber lonjuras Madrugadas puras Que meu pago tem Ensinou-me a gauderiar sozinho E me fiz caminho Pra meu próprio bem E o motivo desse meu entono É que fiz um trono Do meu sirigote Sobre o lombo do meu flete amigo Que se vai comigo Estradeando ao trote [Me encontrei por andar Por andar me encontrei Só do mundo é que eu sei Nesse meu gauderiar] Quantas vezes um olhar de china Quis roubar-me a sina Que a vida me deu Mas eu sempre refuguei cadenas E me fui sem pena Quando amanheceu Nem eu mesmo, campesino sério Sei qual é o mistério Do meu campejar E o motivo que me faz liberto Sem ter rumo certo Nem onde chegar Mas eu sei que voltarei à essência Pois quem tem querência Sempre voltará Nem que seja bem depois da vida Renascer na lida De um gaúcho piá [Me encontrei por andar Por andar me encontrei Só do mundo é que eu sei Nesse meu gauderiar] Essa gana de cruzar estradas Procurar por nada Sem saber por que É uma balda que peguei no rito Porque o infinito Quem parar não vê Essa ânsia de beber lonjuras Madrugadas puras Que meu pago tem Ensinou-me a gauderiar sozinho E me fiz caminho Pra meu próprio bem [Me encontrei por andar Por andar me encontrei Só do mundo é que eu sei Nesse meu gauderiar]