Quando eu me tornei menino, aprendi a admirá-lo Em seu peito trespassavam flechas em sinais de morte Que também em mim sangravam por julgarem minha sorte Por acaso ou por destino, sou o seu filho mais velho Às vezes bem parecido no jeito de ser estrela Forte, belo e aguerrido Eu, sensível e novela Reza o passo em proteção de meu pai Sebastião Reza a fio na imensidão Reza a São Sebastião Quando eu for apontado como o fim da natureza É quando mais me pareço ao guerreiro pervertido Que desafia o inimigo pra manter a chama acesa Tendo o corpo enfraquecido, faz do amor sua fortaleza Mesmo que o sangue transborde no poço da ignorância Mesmo que a fé não concorde, é o amor que avança Oh, Sebastião, nos faça resistentes às flechadas E se a intolerância lança, meu socorro é sua casa