Quando o Sol beijou o solo Oh, mãe África, teu colo viu nascer menino-rei Do ventre de nanã aos braços de Iemanjá Cicatrizou a dor na imensidão do mar, odoyá! E então o milagreiro que não falha Cobriu as marcas do passado em sua palha Atotô, meu pai! Vem nos salvar! Evoco a magia do seu xaxará Atotô, obaluaê! Se todo mal tem cura, sei que o bem há de vencer Feridas que oyá apagou Magia, vi surgir, num vendaval Em deburu sagrado, transformou Limpou, do corpo, todo o mal No alguidar, tem pipoca O samba convoca o grande xirê Ressoam os nossos tambores Entoam louvores de arerê Arerê, arerê Respeita o velho que alumia O terreiro da academia É canto, é reza pro meu orixá É a força do samba que vai ecoar Brilha o astro-rei da nova era Espalha o amor, tapera!