Vem do céu A luz que irradia o calor O Nordeste chora a seca É o Sol ardente sem temor Os vaqueiros perdem o gado As cangaceiras só têm dor Meu cariri deserta Minha caatinga não tem flor As beatas chamam a chuva em oração Os nordestinos clamam Vamos semear o chão A Igreja contestando o milagre Que a crença de um povo superou Canta, canta meu cordel Sertanejo já rimou Entre versos e provérbios Esperança não faltou É festa na praça Colheita farta no Juazeiro São iguarias, bandeirinhas e barracas Todo o povo se abraça Dando graça ao padroeiro Padre Cícero no céu Eu também tiro o chapéu Sou Engenho exaltando o milagreiro A fé removeu montanha Numa ação fenomenal Hoje de vermelho e branco Sou sertão no Carnaval