Acadêmicos de Milton Friedman

Ruiz Eleuterio (Who Is Eleuterio?)

Acadêmicos de Milton Friedman


Eleutério!

Eleutério nascido em berço nada esplêndido
Já desde pequeno queria empreender
Sentia que a escola do bairro era um atraso
Pulava o muro pra poder aprender

Olhava os mercantes na feira, trocando entre si
Percebeu que o valor se encontrava ali
Chegou a conclusão, que no ato de vender
A satisfação do outro é o que faz acontecer

Juntou alguns vintenhos, comprou alguns limões
Fez uma bela limonada e foi vender em mil portões
Mas Maria do Rosário ficou indignada
Chamou logo a polícia, que desceu a cacetada

E disse e aí vagabundo, por que não tá na escola?
Eleutério perguntou, o que faz você na minha cola?
O policial riu, disse que era proibido trabalhar com aquela idade
E que então, precisava confiscar a propriedade
E o pobre Eleutério, perdeu sua limonada
Mas não, a sua dignidade

Eleutério!

Conseguiu trabalhar de porteiro
E juntar um dinheiro
Que ele deu de entrada num Combão bem maneiro
Fazia trechos ousados em sua comunidade
Logo já dirigia por toda a cidade

Mas aí a companhia de transporte
Sentiu no bolso e preparou o seu golpe
Ligou para o prefeito que era seu amigão
A polícia bateu, cadê a licitação?
Eleutério então disse, que te importa meu irmão?
E por seu desacato, parou no camburão

Tentou ser camelô
Atrapalha a passagem!
Foi vender salsichão
Sai daqui chinelagem!

E Eleutério teimava em aprender a lição
De que pra prosperar, tem que ter arma na mão
Fez inúmeros bicos, comprou um barracão
Mas perdeu para um Shopping, que ganhou no leilão

Morreu pobre, mas deixou o enterro pago
Em sua lápide entalhou o seu recado
Se há na vida algum ditado que valha
É o que diz que muito ajuda, quem não atrapalha

Eleutério