Vai! Eis que eu encontrei o pergaminho da Saga de Simplício O Ilustre Pomadista Simplício era um rapeize descontruídes Um jovem prodígio de trinta e poucos anos Membro honorário da tribo dos Aquidaoanus Mas convencional em seus apetites Desde muito cedo aprendeu a doutrina do velho Pomada De que a virtude nada vale se for acompanhada Do aplauso e da estima da gente bela, gente fina E que na abundância da segunda A ausência da primeira não se atina Escolado em preterir o que funciona pelo que soa bem Era natural que fosse dado assim também A defender as causas mais bacanas O planeta, as abelhas e, desde a puberdade, as manas A sociedade patriarcal termina onde começa o sexo grupal" Dizia ele aplaudido na exibição de Bacurau Onde gasta-se o rabo, mas nem por isso negligência-se o pau E para jovens aspirantes à nacional cinematografia Chegava de mansinho e assim dizia Menina independente, empoderada Vem fazer um ensaio pelada Preto e branco na sacada No meu prédio Art Deco E entre cliques dar uns tecos Cigarrinho de artista Vem me fazer feminista Vem meu bem Menina independente, empoderada Vem fazer um ensaio pelada Preto e branco na sacada No meu prédio Art Deco E entre cliques dar uns tecos Cigarrinho de artista Vem me fazer feminista Vem meu bem Vai! Haha, mas o mundo meus amigos, o mundo é um corsa Ele não gira, ele capota E a dialética pomadista rapariga saturnina Devora seus meninos e meninas E sobre sua digestão, agora eu vou cantar O correio das bruxas que não conseguiram queimar Uma nova melodia resolver cantar E de suas aventuras, Simplício teve que explicar Pois questão se levantou sobre moças de tenra idade E a consensualidade de alguns ensaios no sofá O momento era oportuno a fazer de Simplício exemplo E por seu sacrifício, no novo e secular tempo As fúrias do cancelamento foram clamar Simplício, em desespero, resolve se declarar Membro trans do gênero Eva A ver se o juiz releva E decide sua punição atenuar Ah, seu juiz, que pela justiça as vezes até decide Se com o seu bem estar ela coincide Resolve aliar a súplica do réu com o clamor popular Deixando aos olhos do momento uma biografia exemplar Decide por enviar Simplício à penitenciária feminina Onde logo conheceu uma menina Menina anjo, com asas de marmanjo Pra ancap nenhum botar defeito Pegou o Simplício já de jeito E pôs-se em seu ouvidinho a sussurrar uma canção familiar Menina independente, empoderada Vem fazer um ensaio pelada Preto e branco na sacada No meu prédio Art Deco E entre cliques dar uns tecos Cigarrinho de artista Vem me fazer feminista Vem meu bem Menina independente, empoderada Vem fazer um ensaio pelada Preto e branco na sacada No meu prédio Art Deco E entre cliques dar uns tecos Cigarrinho de artista Vem me fazer feminista Vem meu bem " Sou um homem feministo Tenho empatia pelas manas Manda aí um áudio da sua xana Minha melhor amiga é mulher Êêêêêê, Simplício Achou que ia se dar bem, hein? Passarinho que come pedra sabe o cu que tem É se fodeu, irmão Olha a pedra Olha a pedra Eita Olha o que ele fez