Acadêmicos de Milton Friedman

A Saga de Simplício (o Ilustre Pomadista)

Acadêmicos de Milton Friedman


Vai!
Eis que eu encontrei o pergaminho da Saga de Simplício
O Ilustre Pomadista

Simplício era um rapeize descontruídes
Um jovem prodígio de trinta e poucos anos
Membro honorário da tribo dos Aquidaoanus
Mas convencional em seus apetites

Desde muito cedo aprendeu a doutrina do velho Pomada
De que a virtude nada vale se for acompanhada
Do aplauso e da estima da gente bela, gente fina
E que na abundância da segunda
A ausência da primeira não se atina

Escolado em preterir o que funciona pelo que soa bem
Era natural que fosse dado assim também
A defender as causas mais bacanas
O planeta, as abelhas e, desde a puberdade, as manas

A sociedade patriarcal termina onde começa o sexo grupal"
Dizia ele aplaudido na exibição de Bacurau
Onde gasta-se o rabo, mas nem por isso negligência-se o pau

E para jovens aspirantes à nacional cinematografia
Chegava de mansinho e assim dizia

Menina independente, empoderada
Vem fazer um ensaio pelada
Preto e branco na sacada
No meu prédio Art Deco
E entre cliques dar uns tecos
Cigarrinho de artista
Vem me fazer feminista
Vem meu bem

Menina independente, empoderada
Vem fazer um ensaio pelada
Preto e branco na sacada
No meu prédio Art Deco
E entre cliques dar uns tecos
Cigarrinho de artista
Vem me fazer feminista
Vem meu bem

Vai!

Haha, mas o mundo meus amigos, o mundo é um corsa
Ele não gira, ele capota
E a dialética pomadista rapariga saturnina
Devora seus meninos e meninas
E sobre sua digestão, agora eu vou cantar

O correio das bruxas que não conseguiram queimar
Uma nova melodia resolver cantar
E de suas aventuras, Simplício teve que explicar
Pois questão se levantou sobre moças de tenra idade
E a consensualidade de alguns ensaios no sofá

O momento era oportuno a fazer de Simplício exemplo
E por seu sacrifício, no novo e secular tempo
As fúrias do cancelamento foram clamar

Simplício, em desespero, resolve se declarar
Membro trans do gênero Eva
A ver se o juiz releva
E decide sua punição atenuar

Ah, seu juiz, que pela justiça as vezes até decide
Se com o seu bem estar ela coincide
Resolve aliar a súplica do réu com o clamor popular
Deixando aos olhos do momento uma biografia exemplar

Decide por enviar Simplício à penitenciária feminina
Onde logo conheceu uma menina
Menina anjo, com asas de marmanjo
Pra ancap nenhum botar defeito
Pegou o Simplício já de jeito
E pôs-se em seu ouvidinho a sussurrar uma canção familiar

Menina independente, empoderada
Vem fazer um ensaio pelada
Preto e branco na sacada
No meu prédio Art Deco
E entre cliques dar uns tecos
Cigarrinho de artista
Vem me fazer feminista
Vem meu bem

Menina independente, empoderada
Vem fazer um ensaio pelada
Preto e branco na sacada
No meu prédio Art Deco
E entre cliques dar uns tecos
Cigarrinho de artista
Vem me fazer feminista
Vem meu bem "

Sou um homem feministo
Tenho empatia pelas manas
Manda aí um áudio da sua xana
Minha melhor amiga é mulher

Êêêêêê, Simplício
Achou que ia se dar bem, hein?
Passarinho que come pedra sabe o cu que tem
É se fodeu, irmão

Olha a pedra
Olha a pedra
Eita
Olha o que ele fez