A vida é o cenário desta trama E o povo, nosso artista principal Palavras e gestos unidos Surge em ritos primitivos A linguagem teatral Na Grécia, o teatro vai às ruas Porque o artista vai aonde o povo está Vem amor... Divino Baco vem brindar orgias Realizando fantasias, embriagando corações Festa e dor... em Roma o coliseu e as multidões A opressão do elitismo, ditames e imposições Roda o mundo pra chegar - de lá pra cá Vem das terras de além mar - catequizar Reza índio! Reza negro! Êta povo rezadeiro! São as origens do teatro brasileiro Meu canto traz um tom de encanto Tenho a minha "opinião" Do teatro de revista ao teatro de arena O esplendor de uma nação... (meu Brasil) Ó! Meu Brasil "trigueiro' Teu solo viu nascer a obra de "Boal" Respeite o meu pandeiro Que embala a voz do oprimido contra o mal Sou Zé-Ninguém! Eu sou de arrepiar! (bravo!) E roubo a cena nessa festa popular (agora bate o tambor) Agora bate o tambor Vem balançar! Abre a cortina que eu vou Me apresentar! É arte, é carnaval, vem sambar! Pode aplaudir que a Barra vai passar