Conheci um marceneiro lá em Campo Mourão Por ser um rapaz de gosto e grande na profissão Era noivo de aliança com a filha do patrão E por esta criatura ele tinha adoração Mas o malvado destino veio na perseguição. Tudo isso aconteceu num costume que pegou Pra colocar as correias não desligava o motor E foi num desses momentos que sua mão escapou Prensando na polia os seu braços decepou E pro resto da vida aleijado ele ficou. Daquele santo patrão continuou sendo empregado Mas de quem ele tanto amava ele foi abandonado A moça falou pra ele vamos romper o noivado Não me caso com você porque agora está aleijado Se conforme com o destino, casa um segue pra um lado. O rapaz se conformou com aquela ingratidão Ela se casou com outro, mas a sorte foi em vão Cinco anos já seu filho de estimação Não saía da oficina, inclinado à profissão Certo dia ele brincava na polia de transmissão. De repente o garotinho em uma grande gritaria O motor foi desligado quando alguém se socorria Tinha sido acidentado naquela mesma polia Que depois de alguns anos outro dano cometia Vendo seu filho aleijado em pranto sua mãe caía O destino traiçoeiro esse inocente marcou Pra pagar o grande erro que sua mãe praticou Desprezou o marceneiro honesto e trabalhador Esse seu filho adorado igual o moço ficou Hoje chora arrependia pelo castigo do amor.