Tentei enxergar e não consegui pensar na solução pra cá Olhar o pivete, de 7, com crack pra fumar É quente memo, não, não é ficção que dizia os rap Olha pra nóis irmão, quantos não pôs na boca um beck Se iludiu com nos fuzil sonhando com fama de herói É quente tio, eu também, sem saber o quanto dói Lá dentro, sem noção dos veneno entre as grades Percebendo que a cóta néh dinheiro Na saudade, liberdade num é só pulso sem algema eu sei Igual justiça nunca teve não, nada a ver com lei (nóis tamo além tio) Num sei, olha pra cá, o que que cêis acha? Quantos show hoje não tem que nóis arrasto a quebrada? E assim é o mundo, minha rua é só um resumo de tudo Criaram o luxo e nóis também se mata pelo bagulho Lota as cela, os corredor, na maca do hospital Porque abraçou o que os boy pregou como existência social Sei como é os conflito, já passei por isso Olhar na vitrine, os artigo e não poder se imaginar vestido Até nasce os tiro, despertado o instinto já era Mudou o sonho: Menino descobre a guerra Como sonhar com as glória se só tem o que me resta Só metralhadora, droga, polícia é o que nos cerca Maldade, só quem faz parte é, nóis vive assim Traíragem não irmão, não era pra ser assim Egocentrismo, o homem é o mesmo bruto agressivo Racional, competitivo, auto destrutivo, fudido Concluindo que evolução era mentira Tudo era regressão desde os primórdios da vida Agora chove por aqui e alguém me diz que o homem é causa Enquanto uns morrem na seca, outros com a casa toda embaixo d'água Pedofilia, racismo, preconceito Não vejo alternativa, o fim do sofrimento Nóis é favela ai tio e o ódio aqui tá à mil Entre o soar dos canhões e o clamor de quem chora No silêncio das rosas Olhei pro mar sem consegui enxergar beleza em nenhuma parte Os teco das traca pro alto é bem próximo a paisagem Quantas vezes em meio aos veneno Fico tentando entender porquê que Deus nos fez desse jeito Sua semelhança faz do semelhante oposto mesmo inofensivo Quer sangrando, após estrondo com corpo partido em 5 Não, não existe sofrimento divino não Nóis tá sobre influência o instinto, sei lá jão Só quando há lucro amar é parte do intuito humano Em teoria né, lógico, analisa mano Conheço o jogo, a linguagem psicossomática Que aparenta em erro certo, me escraviza e me mata Na mente, seu comportamento faz análise Pra ti fazer consumidor, suprir não mensagem sabem A impressão que trás o marketing bem elaborado Pra mãe e filha ver em mc'lanche presente de aniversário E é nóis que morre por medicamento Intoxicado no alimento industrializado com infarto Miocardio, necrozado, neoplasia, insuficiência É triste o nosso modo de fazer ciência Quanto custa a copa do mundo pro gringo vim gritar gol Gambé me humilha, em cada esquina quer saber onde é que eu vou Não gambé cuzão, que porra de droga cê é louco? Porque todo favelado tem que ter b.o no bolso? É louco, que metodologia suicida Faz monstro, sem dar refeição de meio dia Pra na maca do hospital inconsciente e imobilizado Ver que descaso o favelado, voltar em assalto Onde nada da mais lucro que lágrima e sangue Onde o médico por débito frauda a fila de transplante Discriminação, racismo, o homem ainda é o mesmo Não vejo alternativa, o fim do sofrimento Nóis é favela ai tio e o ódio aqui tá à mil Entre o soar dos canhões e o clamor de quem chora No silêncio das rosa