Pode ter certeza, hoje não vai subir coragem e esperança Liberdade pra nós, mesmo que a base de matança Vingar os que pela causa já sangraram Que a má conduta forjaram, e sem razão balearam Me adaptaram ao medo camuflado de preto e vermelho De cruz no peito e fé nos armamentos É desse jeito mesmo, ai questão de tempo e sofrimento Aqui o dom do amor vai embora cedo Não queria, porém fazer o que se é necessário Mais ódio que piedade em guerra, o bom morre frustado Doutrina que as dor ensina sem misericórdia Enterrando parente sem assistência psicológica É foda, é quente, o medo é inconsciente Geração de defesa te instiga consequentemente Hoje o pivete não fez dinheiro não Oferecendo bala pros passageiros no busão Espera alguém vir rasgar teu peito por bem material Para você entender o quanto educação era vital Onde não há evolução sem conhecimento e arma Não existe medicamento só sangue ameniza a raiva A imagem é triste não é assim que a gente vive boyzão? Entre os becos tentando entender o que é compaixão Errou quem acreditou que ainda é possível ter paz Vai me entender com alguém recolhendo seus restos mortais Pela tragédia social na versão dos vencidos A ação covarde do gambé, no morro dando tiro Nós vai sangrar, nós vai lutar até o fim dos conflitos A286 Exército dos Excluídos Ainda não morremos todos... (Enquanto houver motivo, vai ter tiro) Ainda não morremos todos... (Comer seu lixo não é comigo, morô?) Reconheço a importância dos programas pros pobres Só que lazer sem emprego é anestesia precoce Nem tenta, enfia no rabo seu texto decorado Quer convencer que ong tá pelos favelados É subestimar minha sobrevivência no inferno Uma vida neutralizando rancor em afeto moderno Não tem o talento descoberto entre grades Pm pintando quadro, esculpindo sabonete Quantos futuros químicos acabou de glock e touca Sobrevivendo em presídio destilando maria louca Comprovando que competência nível multinacional Não é só pro que não teve escravo como ancestral Tô pelos que vem com rap na mente decorado De boné 1 da sul, de lenço e bombojaco Que essas horas tá pelo rango na mesa Sem segurança na máquina da empresa Tenho problema sim, psico alterado Que descobri que é impossível ser feliz com 5 conto diário Entre o trampo caseiro adaptado a situação E o parceiro armado com a planta da mansão Ontem queimaram busão, mataram polícia Ignorando os recursos de alta tecnologia Amanhã a vítima vai ser o governador do estado Antes de eu ser o Tiradentes morrendo esquartejado Pela tragédia social na versão dos vencidos A ação covarde dos gambés, no morro dando tiro Nós vai sangrar, nós vai lutar até o fim dos conflitos A286 Exército dos Excluídos Ainda não morremos todos... (Pronto para atirar... agora é guerra...) Ainda não morremos todos... (Seu herói pede socorro nessa cena) Agradece ai boyzão por cada um que optou Pedir esmola no busão, na estação do metrô Se sujeitou sem pudor no cruzamento Balança a seta, a bandeira pra venda de apartamento Mó tiração, mas cê vai ver que nem todos se conformam Com cobertor no guarda roupa substituindo as portas Com a vida inalando bosta, beirando córrego Hospedando parasita país que epidemiológico ''Vai, vai, vai, dá o celular, solta a bolsa, não grita'' É justiça pro que só viu direito em teoria Perdeu aula na escola em dia de chuva Com a reforma limitada em nota fiscal sem estrutura Enquanto pregam mandamento de cristo pro paraíso Tô investindo em caça, bomba, míssil sonhando com o inimigo Degolado vivo, exposto em vidro na net Aprisionado no trigo a urina e fezes Aqui o ensino fundamental é manusear rifle fal Para avaliar QI negociando refém com policial Pro fim do julgamento o audiovisual eternizado Sobre regime indisciplina diferenciado Hoje a manifestação vai ser pacífica Igual a ação da polícia na periferia Feito processo dejavu pressinto os tiros da tática Mas antes derrubo um helicóptero, te mato carbonizado Pela tragédia social na versão dos vencidos A ação covarde dos gambés, do morro dando tiro Nós vai sangrar, nós vai lutar até o fim dos conflitos A286 Exército dos Excluídos Ainda não morremos todos (Todo mundo pro arrebento quero ver quem segura) Ainda não morremos todos... (Se quer guerra terá... quero em dobro) (Enquanto houver motivo, vai ter tiro) (Comer seu lixo não é comigo morô) (Pronto pra atirar... agora é guerra) (Seu herói pede socorro nessa cena) (Quando Deus não ajuda a pólvora faz seu papel) (Se quer guerra, terá!)