Ei, alguém me apague a luz Prefiro não ver nada mais Ei, alguém me tranque a porta Que hoje o infinito se contrai Que os meus fantasmas calem os seus risos E abram espaço para os meus vazios Ei, nuvem negra trope? E no percalço da queda se jogou em mim Ei, não se desculpe, minha pequena Que às agruras da vida, eu acostumado estou E em meus braços acolherei seus prantos E deles eu farei os meus, para o meu próprio acalanto. Ei, ouço alguém descer degraus Serão minhas lembranças ou meu coração pesado? Ei, alguém ao longe chama Talvez não seja de hoje, mas de tempos já passados Que os caracóis da fumaça lenta Ecoem os mares e mares da minha tormenta