na aula de dança a audácia do par um grande assombro tomou conta de nós um íntimo remorso à porta do vizinho uma discreta condenação serve-me de castigo não quero o amor o que me entusiasma é a boa imitação que ideia tenho eu das coisas meu ingénuo coração tento ler nos lábios por detrás do espelho um sorriso contrafeito a tirar a aliança do dedo