De trás pra frente A gente segue sem notar Que o chão é quente Um meio avesso de se encarar Num espelho Ou numa lousa desenhada Com um velho queimando Seu longo cigarro E um joelho Enrugado e calejado De tanto pedir perdão Quem errou Não quiz errar Mas errou e repetiu Quem mentiu Não quiz falar Como é bom fazer-se crer Quem calou Falou demais Sobre a paz E também mentiu Pois tão víl é o se olhar Quanto as glórias Que já ouviu