O homem aguarda pelo seu hábeas corpus Pela luz em meio à lama como a flor de lótus Cada um cada momento processo em andamento Haverá revogação pelo bom comportamento Com discernimento do porque das vidas Antes de serem bebidas as águas do esquecimento Boa parte só vive pelo lucro e benefício Faz uso de todos e qualquer artifício Tudo é muito fácil não existe sacrifício No mundo fictício impera o desperdício Se proteger não é se esconder Que caiam os muros da prisão do viver Aprender pelo processo de desaprender O homem desconhece o seu próprio poder Denso é o véu que nos aparta do céu Soldado encarnado da batalha de Miguel Com caneta e papel com tinta e pincel Me enquadro nesse quadro onde eu pinto o meu futuro Na busca eu me apuro sem medo do escuro Desfruto do ar puro e sua sabedoria Beleza natural e sua maestria Caminhando e contemplando o por do sol de cada dia A arte do final de tarde Existem outras formas de enxergar além dos grilhões Há outros canais além das televisões Tudo favorece a limitações tudo favorece a atrofia de emoções Não suportamos mais viver em condições De não saber interpretar os nossos corações Há muita coisa que é vista e não se mostra Há muita coisa que se mostra e não é vista Pra saber sobre a vida artigos de revista Compre compre compre ou desista Geral cego e surdo e achando normal Não me leve a mal mas se isso aí é normal Eu sou adepto da camisa de força Que todo mundo enxergue e todo mundo ouça Que aí essa camisa vira moda Pra você incomoda mas pra outro vai bem Pobre de quem tenta moldar alguém Pobre de quem se deixa moldar Condicionado desconhece o que é optar Pobre de quem é pobre por falta de dinheiro Lanterna pra cego que trabalha de olheiro Gasta o tempo inteiro e faz pouco amor Desconhece o valor de ver o sol se por A arte do final de tarde