Um homem só viu o menino infeliz dizer, enfim, Com toda a eloquência mais explícita e o ensejo à alegria, hoje o corpo não lhe quer O homem só viu o menino lindo decidir, por fim, Que hoje brilha a sua luz aflita e o que pesa é a poesia, sobre o teto não nos pés Tanta flor que cai, sobre a dor que dóI. Essa dor desfaz, e quem diz dor, diz mais amor E diz: Há tanta flor. Sob a dor, tanta flor. Sob a flor, tanta cor. Sobre a flor todo amor. Pro menino. Um homem só viu os meninos consternados, não em vão, Lembrar de outros momentos quando a vida do menino era alegria, elegia à mulher. Um homem só viu o menino resignado, então, sorrir Cativo dos seus fados e suas linhas, hoje, à pura poesia, pousa ao lado da mulher.