Mister Ninguém que me ajuda Ninguém pra eu aguentá Ninguém pra me atrapalhá Não quero ninguém mandando em mim Ninguém pra dizê que me odeia Ninguém pra dizer quem é qu’eu sou e quem não sou Ninguém! Ele não tem ninguém pra culpar a não ser ele mesmo A quem vou culpar? Meu pai bateu muito em mim pro meu bem A primeira mulher me deixou sem ninguém A safra é ruim, meus filhos também A mulher que eu amei agiu com desdém Algum outro preto viveu tal horror? Tudo é culpa da celie que uma praga rogou Por que então vou ser do bem Se eu só vivi o mal E o harpo? Por que ele é tão feliz? A mulher o abandonou E viu morrer sua mãe Alguém me explica como é que pode Ser do bem em meio ao mal E pra resumir Vão muito bem Não vai mudar nada que pensam de mim Onde eu vou procurar Todo bem que há em mim? Talvez essa dor Possa me deixar Talvez no que eu disser Ou no que eu fizer Talvez espalhando amor