- corre menina Pra casa do véio meu sogro Bote a chalera no fogo Faiz café pra nóis tumá - corre menina Na casa do funilero Chegue lá, pergunte a ele Por quanto faiz um ganzá Ê tum, ê tum, ê tum - ô muié Vai pra cozinha e faiz café pra nóis tumá - fala, coquero Da cabeça de cumbuca Você hoje se amaluca Na pancada do ganzá Fala, coquero Da barriga de monturo Você fala no escuro Porque meu talento dá - olha, coquero Na bolada americana Si o esprito num m'ingana Eu também sei o bolá Bolada num Bolada num, bolada notro Atirei com bola solta Num jogo de rebolá - tome cuidado Diz, é poco mais o meno Minha bola tem veneno Quando eu pego no ganzá Eu dei um tombo Quatro tombo no martelo Eu sô feito no duelo Rimeiro, vamo rimá Ê tum, ê tum, ê tum... - passe pr'aqui Passe pr'ali, passe p'o canto Que eu daqui num me alevanto Quantas tapa qué levá? Ande ligero Arrepare, cavalero Eu sô um bicho ligero Na pancada do ganzá - ande ligero Arrepare, meu sinhô Tando em pé, tando assentado Eu sei dá pulo mortá Ande ligero No martelo agalopado Abr'u olho, camarada Veja o jeito d'eu bolá - caba danado Cabo da bola malina Você memo é que m'insina Lavá ropa sem moiá É tranca, é bola É tranca, é bola, é parafuso A baleia deu um urro Do out'o lado do má Ê tum, ê tum, ê tum... - embola a lua Embola o sol, embola o vento Meto a cabeça, vô dento Qu'eu também vô guerriá Faca de ponta É danada pra custela Nêgo vendo a ponta dela Morre doido, num vai lá - poeta novo Num monta no meu cangote Se montá leva chicote Morre doido de apanhá Passe pr'aqui Passe pr'ali seu gororoba Que você engole cobra Com farinha de imbuá - no meu cercado Cabrito novo num berra Nuvíu de pé de serra Num briga com malabá Caba valente Num me diga desaforo Quem num pode com besoro Num assanha mangangá Ê tum, ê tum, ê tum... Ande ligeiro A minha regra é de coqueiro Estremece o mundo inteiro Trupelão, rio, caná Eu sou coqueiro Eu sou bicho cantadô Inda que você num queira Eu seria, eu era, eu sô