“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento”. I Pe 1.15 É a fé que misturada com a boa nova a palavra do evangelho que produz os efeitos esperados por Deus na transformação do nosso viver. Portanto, estas duas coisas devem caminhar juntas, a saber: a fé e a Palavra, porque se ajudam mutuamente, porque não há fé sem ouvir a pregação da Palavra, e não há verdadeira pregação da Palavra que não seja acompanhada pela fé. E esta mistura de fé com Palavra mistura-se também com a alma do crente transformando-se em graça e poder que santificam a sua vida. Portanto, quando alguém não é santificado na Igreja, não é porque haja falta de poder inerente na própria Palavra, mas porque não há fé naquele que a ouve. Ou então não há nenhuma Palavra verdadeira sendo pregada. E esta fé não se resume apenas ao ato de crer n o que está escrito, nas promessas do Senhor na Bíblia, mas incorporá-las à nossa vida por uma santa disposição em se consagrar inteiramente à vontade de Deus para honrá-lo e obedecer a Sua vontade. É requerida, uma união da mente com a verdade da Palavra, para que haja uma verdadeira santidade. Onde isto não estiver presente as pessoas continuarão vivendo de acordo com suas próprias imaginações e vontades, sem qualquer conhecimento verdadeiro experiencial da vontade de Deus na própria vida. O A mente natural não pode receber os dons de Deus porque se manifestam somente numa mente renovada pelo Espírito, que pode discernir as coisas espirituais. Daí a necessidade da existência de uma fé viva, operante, ativa, para que se possa conhecer e praticar a vontade de Deus. A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam. Estas coisas que são esperadas, são também aquelas que se esperam de nós conforme a verdade revelada. Estão incluídas, também e principalmente, a plena certeza quanto às promessas contidas nas Escrituras sobre o poder do Espírito que nos transformará e operará toda a vontade de Deus para a Sua Igreja através da nossa instrumentalidade pelo canal da fé. Não se pode portanto viver aquilo que Deus espera de nós sem uma fé autêntica e que seja aumentada cada vez mais em graus, porque uma fé pequena não poderá nos conduzir a toda a plenitude de Deus, conforme é a Sua expectativa para todos os Seus filhos. Devemos ter em consideração que uma fé que aumente em graus destruirá o pecado na mesma proporção do tamanho progressivo que esta fé alcance, e daí entendermos que à medida que avance o tamanho da fé, maior é a intensidade da comunhão com Deus e da santificação da vida. À medida que ocorre o despojamento progressivo do velho homem, pelo aumento da fé, aumenta também a manifestação da nova vida recebida, a vida da nova criatura em Cristo, e isto se traduz em aumento da plenitude de Deus no nosso próprio ser. Permanecer vivendo na carne, segundo o homem natural, que está em inimizade contra Deus, impossibilita portanto, o aumento da fé e da santificação.