Deus é santo e em tudo é perfeito. Por que teria então planejado restaurar pessoas que Ele criou e que se tornaram não apenas imperfeitas, como também completamente ignorantes de quem ele seja? Primeiro para a revelação e a manifestação da grandeza do seu amor. E em segundo lugar, para revelar e manifestar a grandeza da sua misericórdia. O amor e a misericórdia de Deus não são meros sentimentos de empatia e compaixão por seres que se tornaram de nenhum valor para ele, e que viviam somente para os seus próprios prazeres egoístas, indiferentes à Sua Pessoa e vontade, e agindo como seus inimigos. A extensão disto não pode ser avaliada por nenhum de nós, senão somente pelo próprio Senhor, cujo julgamento e conhecimento do estado do nosso coração são perfeitos. Contudo, podemos deduzir por nossos sentimentos, imaginações, ações e pensamentos o quanto estamos longe da santidade, bondade, amor, misericórdia, justiça e todos os demais atributos infinitos e perfeitos de Deus, o quão distante estamos de ser aquilo que Ele é em Sua própria natureza. Desde que o pecado entrou no mundo todos os homens ficaram desprovidos da graça de Deus. Esta é a razão de estarem caídos diante dEle. Somente pela graça de Jesus é que poderão ser levantados e permanecerem firmes em Sua presença pela mesma graça que os levantou. Mas tendo encerrado a todos debaixo da desobediência, Deus revelou qual era o Seu propósito de usar de misericórdia com todos, e demonstrou fartamente tanto a anjos quanto a homens o quanto é um Deus misericordioso. Ele demonstrou com isto que não é bom somente para com aqueles que são perfeitos como Ele, mas para com todos os que desejam obedecer-Lhe, fazer Sua vontade e viver para Ele, ou seja, viverem segundo o propósito para o qual foram criados.