Assim como há uma perfeição a ser esperada no porvir que é a total e absoluta, sem qualquer pecado, há também uma perfeição que é para ser buscada e atingida enquanto aqui ainda estamos e que se refere ao nosso amadurecimento espiritual pelo crescimento progressivo em santificação até atingir a medida de perfeição que foi proposta por Deus aos crentes. e conforme foi exigida ao próprio Abraão: “Anda na minha presença e sê perfeito.” A vocação da igreja é avançar, e não parar ou recuar, no que tange ao aperfeiçoamento espiritual dos crentes, e para isto, é primordial a compreensão deles de toda a doutrina de Cristo, e não apenas dos seus princípios elementares. A grandeza da resistência que enfrentamos, demanda a grandeza dos argumentos que temos que utilizar, para poder destruir fortalezas e sofismas e trazer todo pensamento cativo à obediência de Cristo. Se a rejeição da Palavra por falta de uma verdadeira união com Cristo, que é pela graça mediante a fé, e não pelas obras da Lei, traz como resultado uma condenação eterna, como podem então ser desculpados os crentes que procuram se justificar pelas obras da Lei, depois que foram justificados pela fé? Como pode Deus se agradar disto, depois de tê-los feito objeto da Sua grande misericórdia, e não receber daqueles que foram feitos Seus filhos, a devida gratidão pela morte de Cristo em favor deles? Como podem avançar no crescimento da graça e no conhecimento de Jesus, pelo derramar desta graça e deste conhecimento em seus corações, mediante o Espírito, enquanto eles, resistem ao trabalho deste mesmo Espírito por estarem aferrados às suas próprias convicções pessoais? Como podem perseverar na doutrina dos apóstolos, se na prática resistem à idéia da autoridade que foi conferida a eles por Deus para colocarem o fundamento da verdade no Novo Testamento?