Os dez mandamentos revelados por Deus ao povo de Israel nos dias de Moisés, confirmam a sua proveniência divina, e nos falam da perfeição em santidade do Senhor, uma vez que não se resumem a ordenanças morais, tal como se vê na lei dos homens. Antes de citar os deveres morais na segunda parte dos mandamentos, com o dever de se honrar os pais, e a proibição de mentir, furtar, matar, adulterar e cobiçar, Deus fixou antes, na primeira parte, a necessidade de se lhe prestar honra, reverência e culto, pois sem isto, não é possível que homem cumpra as suas obrigações morais para com Deus e para com o seu próximo. Daí ser ordenado antes de tudo que se adore tão somente a Deus; que o Seu nome seja santificado e honrado e que se separe um dia semanal para a dedicação exclusiva à adoração e ao serviço do Senhor. Temos assim, uma pista, já na perfeição da Lei dada a Moisés, quanto ao modo correto da santificação: Primeiro amar a Deus, separar-se para Ele, cultuar-lhe em devoção sincera, e assim sendo feito bom o coração pela Sua graça divina, a vida moral reta será uma mera conseqüência de tal adoração em espírito e em verdade. E é exatamente tal ordem que encontramos no Novo Testamento, quanto ao modo da santificação, e do serviço a Deus e ao próximo.